Culto Doméstico

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Nós do blog Criativação, pedimos a Ana Beatriz escrever um pouco de sua experiência sobre Culto Doméstico já que o pratica desde o início do seu casamento. Ela é casada há nove anos com o Juliano e tem três filhos: a estudiosa Sara com oito anos, o super ativo e curioso Tito com quatro anos e o caçula mais calmo que conhecemos, Theo, com onze meses. Eles são membros na Igreja da Trindade em São José dos Campos – SP. Sem mais delongas:

Eu e Juiano nos casamos em janeiro de 2009 e no final do mesmo ano, nossa filha mais velha nasceu. Foram apenas onze meses como um casal. Com a chegada de nossa filha, a adoração ao Senhor no lar ganhou mais um significado. Ler a Bíblia, orar e às vezes até cantar se tornaram não só adoração ao nosso Deus, mas também um testemunho do amor que tínhamos ao Senhor para nossa pequena menina.

Quando éramos só eu e meu marido, liamos textos, conversávamos, não tínhamos hora para começar nem para terminar. Isso ainda foi possível por algum tempo depois que a Sara nasceu, mas depois de alguns meses tudo foi ficando diferente. Os bebês e as crianças pequenas têm um tempo de atenção bem curto, e logo se cansam de ficar fazendo um coisa só.

Inicialmente ficamos meio perdidos, e por vezes desistimos, mas aos poucos fomos nos adaptando, pesquisando, simplificando, e hoje o culto doméstico é algo que faz parte do nosso dia a dia de uma maneira bem natural.

Já podemos ver pequenos ramos verdes florescendo no coração de nossos filhos, mesmo que às vezes pareça que nada foi aprendido, aos poucos o conhecimento de Deus vai surgindo pois a palavra é viva e eficaz!

A instrução bíblica dos pais dentro do lar tem um papel fundamental e por isso, inúmeras vezes é apresentada na Bíblia. Um texto muito conhecido e onde essa tarefa fica evidente é o capítulo 6 de Deuteronômio. No verso 5 ao 7, é possível ver o mandamento de maneira muito clara:

“Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças. Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar.”

Gosto muito de uma frase do pastor Joel Beeke que diz: “Invista na alma de seus filhos, como se a salvação deles dependesse de você“. Contudo, sabemos que não depende de nós pois a salvação é pura imerecida graça, e pensando sobre isso cheguei a seguinte conclusão: não realizamos culto doméstico para salvar nossos filhos, mas porque fomos salvos!

Amamos ao Senhor, mas às vezes não é fácil transmitir e praticar este amor dentro do lar, por diversos motivos como tempo, falta de habilidade ou criatividade, falta de ânimo ou disposição. Mas quero te animar e deixar algumas dicas ou pontos que possam te encorajar a praticar isso em seu lar também:

– Se a família ainda não tem essa prática, ore ao Senhor e converse com todos juntos informando que a partir de dia X esse momento fará parte da vida de vocês. A comunicação é essencial no processo!

– Fazer um pequeno planejamento semanal escolhendo o texto, o lendo e meditando nele com seu cônjuge antes do culto. Você verá como isso facilita a vida!

– Uma ótima opção para começar é o livro dos Salmos. No caso de crianças pequenas comece com versículos curtos e de fácil compreensão, ou até mesmo histórias bíblicas como Davi, Noé etc, mas lembre-se de enfatizar o Deus que capacitava cada uma dessas pessoas a fazerem coisas tão maravilhosas, já que as habilidades e qualidades foram dadas pelo Senhor. Lembre-se da importância da repetição para as crianças: relembre com elas as histórias e passagens bíblicas sempre que houver um tempo livre.

–  Separe cerca de 10 a 15 minutos para cultuar a Deus em família. Estipule um dia e horário e procure esforçar-se ao máximo para que seja um tempo mais tranquilo para que haja menor possibilidade de imprevistos ou compromissos.

– Preparar o ambiente é muito importante. Se torna mais difícil se concentrar quando há brinquedos e eletrônicos por perto. Às vezes, até o barulho externo da casa pode atrapalhar, então considere o melhor horário levando isso em consideração. Essa experiência de “arrumação pré-culto” será excelente para ensinar sobre a reverência nos cultos tanto em casa quanto na igreja.

Atenção: tenha muita paciência e carinho durante esses momentos, mas com firmeza e persistência. Muito cuidado para não cobrar demais sua família e perder o sentido de um momento que deveria ser prazeroso.

Sugestão para começar o culto doméstico: inicie com uma oração, tenha uma breve conversa sobre como foi a semana, faça a leitura bíblica e um breve comentário (ou não) finalizando com uma oração.

Com o tempo, a prática vai ganhando novas formas e de tempos em tempos, você poderá incluir momentos de oração por irmãos e missionários, incluir louvores e isso se tornará uma coleção de bons momentos juntos.

Hoje temos inúmeros recursos disponíveis e você deve aproveitar (mas sem exagero!), porém lembre-se que com certeza o melhor recurso você já tem: a Bíblia!

Não importa a quantidade de dias da semana, se você não tem muita habilidade para falar ou se ninguém canta bem na sua casa: dê o seu melhor, faça para glorificar a Deus em primeiro lugar, ore com fé e persevere mesmo em meio as dificuldades. E não se esqueça: a obra é do Espirito Santo, o culto doméstico feito com um coração sincero e piedoso agradará ao Senhor, e os aproximará como família.

Que Deus nos capacite nessa jornada para sua Glória.

Ana Beatriz Alves

 

 

 

 

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